A artista marroquina comenta os dois programas de vídeo apresentados no MAM-BA em 2007, como parte da programação do 16º Festival. O primeiro deles é um recorte de trabalhos de sua autoria, e discorre sobre nomadismo, exílio e deslocamento. O segundo programa é uma seleção de filmes e documentários do acervo da Cinémathèque de Tanger, sediada no norte do Marrocos. Bouchra compara a atmosfera do Marrocos e do Brasil, especialmente quanto ao estado da Bahia. Segundo ela, há muitas coisas em comum entre os dois países, particularmente no modo como lidam com a questão da heterogeneidade e do sincretismo. Ainda sobre o seu trabalho, Bouchra diz buscar estar "in between", entre cinema e artes visuais, entre vídeo e documentário, entre lugares de fronteira.