O paquistanês, premiado na 18a edição da mostra competitiva Panoramas do Sul, fala sobre sua obra My Father e sobre sua relação com o Festival. Filho temporão, Basir relata a experiência de viver em dois tempos simultâneos: O seu próprio, de crescimento e juventude, e o dos pais, de envelhecimento e enfraquecimento. A necessidade de cuidados e favores demandada pelo pai idoso em atividades banais, como digitar um número de telefone ou colocar uma linha em uma agulha, é vista pelo artista como forma de expansão das próprias vivências, uma abertura para novas possibilidades de experienciar o compasso distinto – no caso mais lento e gentil – da vida do outro. Embora de curta duração, afirma que seu vídeo concentra anos de convivência entre pais e filho. A afetividade, acredita, permite que se estabeleçam laços do indivíduo com seu meio, assim como do público com sua obra.
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