Duas vezes premiado pelo Festival – na 17a e na 18a edição – Mascaro fala de sua experiência na residência artística realizada em Clermont Ferrand, na França, na instituição Videoformes. Revela como pensa a desconstrução do ato de filmar, onde o olhar do diretor é terceirizado, ou descentralizado, processo essencial para todos os seus trabalhos em vídeo. Em As Aventuras de Paulo Bruscky, a câmera é substituída por captações de telas do jogo Second Life; em Domésticas, ela é delegada para que os filhos dos patrões de empregadas domésticas gravassem a rotina de suas funcionárias, com a condição de que o material bruto fosse devolvido para o artista. Formava-se, assim, uma intrincada teia de relações de poder e hierarquia entre os jovens, as empregadas e Gabriel. Fala ainda de seus trabalhos futuros e em processo de finalização, feitos, por exemplo, com imagens interceptadas das câmeras dos capacetes de soldados americanos no Afeganistão.
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