Para falar do massacre dos estudantes chineses que confrontaram o poder na Praça da Paz Celestial em Pequim, em 1989, Liu Wei parte de um âmbito íntimo e, ao mesmo tempo, transpessoal. A fotografia de um homem que enfrenta sozinho uma fileira de tanques de guerra na praça, dominada pelas tropas chinesas, uma das imagens mais icônicas do século 20, é a senha para acessar a memória bloqueada pelo medo e pela censura. O artista aborda passantes e indaga sobre ela. As respostas se repetem, sempre negativas e evasivas; é tabu falar do acontecimento. Não existe cumplicidade, solidariedade, luto ou dor; diante da imagem, todos se calam ou fogem da câmera e das próprias lembranças.

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