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Curadoria geral |

O 17º Festival assinala uma ampliação no escopo do projeto. Agora batizado Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil, passa a abrigar outras experiências artísticas, como instalações, performances, livros de artista, fotografia e pintura, na mostra competitiva Panoramas do Sul, realizada no SESC Belenzinho. Nesse formato, mantém o papel de vitrine privilegiada para a produção do Sul geopolítico do mundo, com obras de 101 artistas da América Latina, África, Leste Europeu, Oriente Médio, Ásia e Oceania, e torna-se o primeiro festival de arte contemporânea do país. Em consonância com o novo escopo, o artista convidado Olafur Eliasson faz sua primeira exposição na América Latina dentro do Festival. Seu corpo da obra se estende ao SESC Belenzinho, SESC Pompeia e Pinacoteca do Estado, com curadoria de Jochen Volz. A mostra é composta por 12 instalações, que convidam o público a experimentar com sua percepção da realidade.

Outras ações do Festival incluem o 1º Prêmio Ateliê Aberto Videobrasil, que seleciona artistas jovens de São Paulo para produzir obras comissionadas no espaço de convivência Casa Tomada; e os Seminários Panoramas do Sul, que discutem hipóteses curatoriais e editoriais, articulações em rede e proposições voltadas para a formação no âmbito do circuito Sul. 


Identidade visual e projeto gráfico | Angela Detanico e Rafael Lain

Registro fotográfico | Everton Ballardin 

Registro em vídeo | Marco del Fiol 

Programação

mostra competitiva

Panoramas do Sul | 17º Festival

A 17a edição consolidou a abertura a todas as linguagens. A mostra foi construída a partir dos 101 trabalhos selecionados entre 1295 inscritos, cujo conjunto orienta quatro núcleos curatorias: Cartografias do Afeto, Natureza e Cultura, Paisagens Políticas e Dispositivos Óticos.

exposição

Olafur Eliasson - Seu corpo da obra

Primeira mostra individual do artista islandês-dinamarquês na América do Sul. O conjunto de obras ocupou o Sesc Pompéia, a Pinacoteca do Estado e o Sesc Belenzinho, contemplando desde exemplares de início de carreira a projetos criados especialmente para São Paulo.

performance

# 4 (Da série Corpo ruído - Estudo para um soterramento), de Paula Garcia

A obra confronta as sensações de peso e leveza ao reunir objetos de uso cotidiano e resíduos metálicos com ímãs de neodímio.

Arquivo banana, de Leandro Cardoso

Parodiando pedagogia e espetáculo, a performance‑palestra tem como base o arquivo homônimo, que reúne uma coleção de representações da banana pinçadas à história da arte – de Albert Eckhout a Andy Warhol.

Art Idol, de Aya Eliav e Ofir Feldman

A performance parodia o célebre reality show americano American Idol, simulando a final de um programa que elegerá um talento em performance. Para os artistas, trata‐se de uma alegoria interativa do sistema da arte, que critica suas similaridades com a indústria pop e questiona a relevância da performance como forma de arte no cenário atual.

Bandeira de água benta / Bandeira de água comum, de Deyson Gilbert

Duas bandeiras feitas de gelo são içadas e derretem. Sabe‐se, pelo nome da obra, que uma é feita com água benta; a outra, com água comum. A performance usa essa indistinção para questionar a formação de valores e a própria natureza da determinação simbólica, tanto na arte, em sentido estrito, quanto na cultura, de modo geral.

Ponto de fuga, de Felipe Bittencourt

O performer corre de encontro ao painel, atingindo com a cabeça o círculo desprotegido e ali permanece até o fim de sua resistência física. A obra é uma expressão de ativismo artístico e exercita uma contundente crítica institucional, traçando um paralelo entre os limites do corpo e os limites institucionais e espaciais.

programas públicos

Encontro: "Lugar, paisagem e cidade", com Euler Sandeville Jr.

O arquiteto e pesquisador explora a ideia de paisagem como experiência partilhada socialmente construída e trata das múltiplas possibilidades de contato humano com a natureza e dos conceitos de lugar e ambiente.

Encontro: "Seu corpo da obra", com Olafur Eliasson

O artista convidado do Festival fala de sua produção, que nasce de uma investigação ampla de questões das ciências e da filosofia.

Encontro: "Sua cidade empática: cidade, arte, cinema", com Karim Aïnouz

O cineasta brasileiro comenta sua colaboração com Olafur Eliasson no projeto Sua cidade empática, que parte do fenômeno óptico conhecido como afterimage para revelar dimensões sensoriais da cidade que o olhar cotidiano já não percebe.

Seminários Panoramas do Sul: 1. A arte como terreno de formação do cidadão

A superposição de práticas artísticas e curatoriais em projetos que fazem da arte plataforma para a formação da cidadania.

Seminários Panoramas do Sul: 2. A instituição à margem das redes de arte

Redes colaborativas independentes e parcerias entre associações e profissionais como estratégias para o Sul.

Seminários Panoramas do Sul: 3. Hipóteses para o Sul

O papel das ações curatoriais na criação de novos mapeamentos para a produção do Sul.

Seminários Panoramas do Sul: 4. Intenções editoriais: quem lê e quem escreve, para quê

Como artistas conceituais, críticos e curadores usam publicações para promover uma nova expressão artística.

Seminários Panoramas do Sul: Abertura

17º Festival Internacional de Arte Contemporânea: um projeto curatorial e seus eixos. Apresentação geral do Festival e abertura do ciclo de seminários.