Realização |
  • Associação Cultural Videobrasil
  • SESC São Paulo
Curadoria geral |

Esta 18ª edição celebra um momento importante na trajetória da mostra bienal. O Festival dedicado à produção do Sul geopolítico (América Latina, Caribe, África, Oriente Médio, Europa do Leste, Sul e Sudeste asiático e Oceania) completa três décadas de história e apresenta, na exposição Panoramas do Sul, obras de 94 artistas e uma mostra, em formato de grande instalação, com destaques de edições realizadas desde 1983, reunidas em 30 Anos.

Ao longo de sua trajetória, o Videobrasil tem atuado de modo inovador em torno da arte e da imagem em movimento. Desde as primeiras edições, quando a videoarte apenas surgia na cena brasileira, o Festival foi um dos primeiros eventos dedicados à imagem eletrônica e, por isso, protagonista na ativação da cena de produção e experimentação em vídeo a partir do período pós-ditadura militar. Ao longo do tempo, em um contexto em que o vídeo já se consolidava como expressão artística no Brasil, assumiu o eixo geopolítico Sul como território de atuação, tornando-se a principal plataforma brasileira de visibilidade e interlocução desse circuito mundial, e abrangendo, desde a sua 17ª edição, todas as linguagens e suportes artísticos.


Identidade visual e projeto gráfico | Daniel Trench e Celso Longo

Registro fotográfico | Everton Ballardin 

Registro em vídeo | Marco del Fiol / Mão Direita

Programação

mostra competitiva

Panoramas do Sul | 18º Festival

94 artistas de 32 países. Composta por trabalhos submetidos durante convocatória aberta, a exposição se pretende um mapeamento de temas, poéticas, discursos, procedimentos e estratégias que caracterizam a produção contemporânea do circuito Sul.

mostra de filmes e/ou vídeos

Deserto Azul, filme de Eder Santos, sessões especiais

O 18º Festival apresenta sessões especiais do segundo longa-metragem de Eder Santos, Deserto Azul. O filme é uma ficção científica rodada em Brasília e no deserto do Atacama, com alusões ao modernismo e à arte contemporânea.

exposição

30 Anos

A exposição 30 Anos propõe uma imersão no universo de proposições que emergem da história do Festival. Constitui-se de uma espécie de grande instalação, em que destaques das curadorias ao longo de três décadas do Festival são apresentados sob diferentes vieses.

performance

30 Anos | Reedição de "Coverman", Alexandre da Cunha

Performance originalmente apresentada em 2001 no 13º Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil.

30 Anos | Reencenação de "Reboot", Chelpa Ferro

Performance originalmente apresentada em 1998 no 12º Festival Videobrasil Internacional de Arte Eletrônica.

Panoramas do Sul | "O Samba do crioulo doido", Luiz de Abreu

A partir de elementos indefectivelmente associados ao negro brasileiro e de referências à Pátria branca, o artista cria imagens que falam de racismo, de transgressão como forma de resistência e da importância do corpo na construção da identidade.

Panoramas do Sul | "Sem título", Cão

Em uma ação de aproximadamente quarenta minutos, o conjunto cria uma atmosfera densa e soturna, e uma paisagem em negro sobre negro, com sons distorcidos que trazem influência do rock industrial, da música eletrônica e do noise.

programas públicos

Foco 1 | Invadir a programação

Os criadores da produtora independente Olhar Eletrônico e o jornalista Goulart de Andrade discutem trabalhos importantes para a renovação da linguagem do vídeo nos anos 1980.

Foco 1 | Tudo pode ser um programa de televisão

Pioneiro no uso militante do vídeo, o criador do Oficina debate o caráter subversivo do meio com os diretores de Frau, vídeo que retrata seu embate com o Festival de Gramado.

Foco 2 | Curadores apresentam exposições e ações

Os curadores do Festival, da mostra Panoramas do Sul e dos Programas Públicos apresentam os conteúdos do 18º Videobrasil, relacionando exposições, eixos curatoriais, contextos históricos e propostas de ativação e reflexão.

Foco 2 | Design, conceito e espaço

Criadores das identidades visuais do Videobrasil falam de como o design dialoga com as narrativas propostas pelas exposições, contribuindo para a renovação de estratégias de exibição do vídeo em diálogo com outras linguagens artísticas.

Foco 2 | Natureza mágica

Em diversas obras de Panoramas do Sul, a natureza surge como campo de ficcionalização. A mesa discute essa operação como alternativa para instaurar novas visões de mundo.

Foco 2 | Pelo mundo: processos e sentidos da internacionalização na arte

Impulsionada pela globalização, a noção de internacionalização ganha corpo no Brasil na década de 1990, quando novas narrativas passam a compor o cenário da arte contemporânea. A mesa debate os aportes da internacionalização e e sua interferência nas narrativas da arte.

Foco 2 | Territórios do Sul: experiências, cidades e fronteiras

O Sul se define hoje por margens moventes, que geram novas experiências territoriais. Artistas da mostra Panoramas do Sul discutem a potência e a complexidade desses rearranjos.

Foco 3 | A “transnacionalidade” como horizonte

A perspectiva “transnacional” se traduz em políticas para redes e trânsitos abertos, ou é um modelo puramente discursivo que esbarra nas formas tradicionais de intercâmbio cultural?

Foco 3 | Hospitalidade e políticas da mobilidade

Quais valores permeiam a hospitalidade? Como a pesquisa artística em deslocamento interfere nos espaços e agentes que lidam com a permeabilidade das fronteiras atuais?

Foco 4 | Performance: ato, reedição e registro

Coverman (2001), de Alexandre da Cunha, foi a primeira performance apresentada pelo Videobrasil dentro de seu espaço expositivo. Nesse encontro, o artista fala de questões que atravessam diferentes temporalidades da performance.

Foco 5 | Geografias em movimento

Inspirado em Rosi Braidotti, para quem “a identidade do sujeito nômade é um mapa de onde ele já esteve”, o Caderno Sesc_Videobrasil 09: Geografias em movimento retoma o projeto Deslocamentos, da artista Marie Ange Bordas.

Foco 6 | Estranhamento zero: o vídeo entre o cinema e as artes visuais

Rompendo com a ideia de um campo exclusivo para o vídeo, o Videobrasil dilata seus territórios, cruzando-o ao da performance e do cinema. O debate se insere nos eixos de atuação do espaço Pivô, com foco na transversalidade das práticas artísticas.

Foco 7 | 4 Livros à Margem, de Júlio Martins

Leitura-ativação proposta pelo curador às exposições do 18º Festival.

Foco 7 | Escrituras Sobrepostas, de Galciani Neves

Leitura-ativação proposta pela curadora às exposições do 18º Festival.

Foco 7 | Mixtape: Videobrasil, de Paulo Miyada

Leitura-ativação proposta pelo curador às exposições do 18º Festival.

Foco 7 | Público, de Carolina Mendonça

A diretora propõe intervenções nos espaços do Festival, convidando o público a participar de uma ação entre artes visuais e performativas.

Foco 8 | 30 anos: memórias e atualizações

A mesa analisa os grandes ciclos de transformação do Videobrasil, relacionando-os às mudanças na cena de arte contemporânea no Sul nas últimas três décadas.

Foco 8 | Exposições em contexto

A trajetória do Videobrasil acompanha a absorção do vídeo pelo universo das artes visuais. A mesa relaciona as mostras do Festival e exposições de arte das três últimas décadas.

Foco 8 | Videobrasil + Expoprojec?a?o + Zanini

Aracy Amaral retoma seu projeto EXPOPROJEÇÃO (1973), primeiro levantamento da produção artística em audiovisual realizado no Brasil; e o MAC homenageia seu ex-diretor, o curador Walter Zanini (1925-2013).

lançamento