OBRAS
Hotel Rooms Commercial
(1976, filme convertido para vídeo 4k, 1’44’’)
Comerciais de TV produzidos para anunciar um projeto que Lynn Hershman Leeson realizou em Nova York, e que aconteceu em três hotéis. Dizendo ser a artista, três pessoas diferentes convidavam outras para assistir os anúncios em seus quartos. Hershman diz que os comerciais foram vistos por mais gente do que o trabalho em si. Além de algumas poucas fotografias, eles são tudo o que resta do projeto.
Lynn Becoming Roberta
(1974, filme convertido para vídeo 4k, 5’24’’)
Em 1973, Lynn Hershman Leeson deu início a uma performance privada, encarnando Roberta Breitmore, personagem fictícia. O primeiro ato de Breitmore foi chegar de ônibus a San Francisco e se hospedar no Dante Hotel. Nos anos seguintes, ela se envolveu em atividades reais, como abrir uma conta de banco, requisitar cartões de crédito, alugar um apartamento, consultar um psiquiatra e aderir a modismos da época, como o EST [Erhard Seminars Training, programas que prometiam transformações pessoais rápidas] e Vigilantes do Peso. O filme mostra a metódica transformação de Hershman Leeson em Roberta, ao som da idiossincrática canção Hotel California.
B Files
(1998, vídeo 4k, 23’30”)
A história de Roberta Breitmore reemerge dos arquivos anos depois de seu desaparecimento. Um homem fica obcecado por suas origens e pelo que foi feito dela, e investiga todo tipo de especulação sobre sua vida, incluindo a hipótese de que seria filha de Walter Benjamin.
First Person Plural: The Electronic Diaries of Lynn Hershman (1984—1996)
(1996, vídeo, 75’)
Em 1984, depois de aprender a operar uma câmera de vídeo sozinha, Lynn Hershman Leeson se sentou de frente para ela e começou a falar. Antecipava o que seria lugar comum na cultura on-line de hoje: uma expressão confessional diante de um público desconhecido. Nos anos seguintes, Hershman Leeson se filmou e foi desenvolvendo uma relação profunda com a mediação que fazia de si mesma através do olhar da câmera. Alternadamente franca e astuta, honesta e performativa, ela aos poucos se volta para dentro para examinar em profundidade suas memórias fundantes de violência e dano psicológico – verdades insuportáveis, nunca ditas, que ela frequentemente via as mulheres enterrando e carregando. Ao conectar esses traumas a suas causas sistêmicas e a sua reprodução histórica, e então vocalizá-los em alto e bom som, Hershman Leeson forja um caminho artístico de sobrevivência.
! Women Art Revolution (W.A.R.)
(2010, 35mm e vídeo digital, 83’)
O documentário parte de centenas de horas de conversas íntimas entre Hershman Leeson e suas contemporâneas – artistas visionárias, curadoras e críticas –, nas quais elas relembram sua luta para romper com as barreiras impostas às mulheres tanto na arte quanto na sociedade em geral. O filme tem trilha sonora original de Carrie Brownstein, que integrava a banda Sleater-Kinney.
VertiGhost
(2017, vídeo, 12’47”)
Comissionado pelo Fine Arts Museums of San Francisco, a obra se inspira em e reinterpreta Um corpo que cai (1958), de Alfred Hitchcock, que teve cenas-chave rodadas na Legião de Honra. VertiGhost explora a tensão entre a dificuldade (ou falta de vontade) de distinguir realidade de ficção e a busca da verdade. O filme recria cenas da obra de Hitchcock, documenta uma pintura de Amedeo Modigliani da coleção dos museus que teve sua autenticidade questionada, e inclui entrevistas sobre a construção de realidades na vida e na arte.